Sobre inclusão e primeira infância: o lugar das educadoras para o bebê no espaço da creche

Aqui está mais uma amostra dos Escritos nº 7 a ser lançado em nossa jornada em 13 de agosto. Dessa vez apresentamos um resumo do artigo de Ivy Dias que se propõe a pensar na questão da inclusão no espaço da educação infantil.

Trata-se de um artigo que visa problematizar o lugar que a educadora-cuidadora ocupa na relação com o bebê no ambiente da creche, situando-se na articulação entre psicanálise e educação pelo viés da abordagem freudo-lacaniana. Ao considerar a transformação da instituição creche – de um lugar eminentemente assistencialista para um estatuto educacional – e a crescente participação da mulher no mercado de trabalho, demonstra a importância da reflexão do profissional que ali trabalha sobre sua função e seu lugar na inclusão da criança pequena, ou seja, na possibilidade de participar da constituição do bebê enquanto sujeito de desejo. Nesta direção, assinala um primeiro desafio colocado ao psicanalista que acompanha a chegada do bebê na creche: como transitar entre a singularidade do discurso familiar e o coletivo da instituição. O escrito abre novas interrogações para avançar no exame de conceitos fundamentais sobre o tema da estruturação do sujeito. Ao trabalhar os laços entre pais, bebês e educadoras analisa pequenos fragmentos observados nas rotinas de cuidados com os bebês nas creches, buscando discutir o que está em jogo nesta relação. A conclusão aponta para um lugar “entre”, no sentido de um espaço moebiano entre as funções materna e paterna, a ser ocupado pela educadora nos processos de constituição de um sujeito e, portanto, na possibilidade de inclusão.

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