Eis aqui o resumo de mais um texto, esse de Nilson Sibemberg, que compõem o novo número de nossa publicação que está no prelo e será lançada na nossa Jornada Processos Inclusivos, Educação e Interdisciplina.

Memórias de uma experiência: Da turma de autistas à classe de educação terapêutica

O texto traz uma reflexão sobre o processo de educação inclusiva de crianças com diagnóstico psiquiátrico de autismo e outro problemas globais do desenvolvimento a partir da experiência de assessoria aos professores das escolas especiais do estado do Rio Grande do Sul que trabalhavam nas chamadas Turmas de Autistas. Essas classes se constituíam como um espaço diferenciado dentro da escola especial, sendo destinadas especificamente ao atendimento de alunos que portavam laudo médico com diagnóstico de autismo. Esse trabalho foi desenvolvido ao longo do ano 2001 por uma equipe interdisciplinar do Centro Lydia Coriat. Analisa o caminho percorrido do processo de exclusão sofrido pelo grupo de professores e alunos dessas turmas até a constatação da possibilidade de construção de um novo espaço favorecedor do movimento inclusivo no âmbito da instituição escolar. O artigo também aborda a questão do diagnóstico diferencial entre o autismo e as psicoses na infância como fundamentação para o entendimento dos diferentes processos cognitivos que se dão como desdobramento de tais estruturas psíquicas e que podem servir de base para as necessárias adaptações curriculares na escola inclusiva.